A Proclamação da República: Uma visão crítica



A Proclamação da República marcou o fim do Império no Brasil após 67 anos. No imaginário popular está a imagem do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), como a figura central, o representante maior dos ideais de liberdade associados ao novo período. Entretanto, a instauração do novo modo de governo decorre de um processo histórico que desencadeou uma série de fatores que contribuíram para criar um cenário propício à República. Diversos fatores e agentes tiveram  importante função no gradativo enfraquecimento da Monarquia, dentre eles podemos citar abolição da escravidão, a oposição dos proprietários de terra, os desentendimentos entre D. Pedro e a Igreja Católica, dentre outros.

Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram circular o boato de que o governo imperial havia mandado prender Deodoro e o tenente-coronel Benjamin Constant, líder dos oficiais republicanos. O objetivo era instigar o marechal, um militar de prestígio, a comandar um golpe contra a monarquia. Deu certo: no dia 15, ele reuniu algumas tropas, que em seguida rumaram para o centro do Rio de Janeiro e depuseram os ministros de dom Pedro II.
O Imperador, que estava em Petrópolis, a 72 quilômetros do Rio de Janeiro, retornou para a capital na tentativa de formar um novo ministério. Mas, ao receber um comunicado dos golpistas informando sobre a proclamação da República e pedindo que deixasse o país, não ofereceu resistência e partiu para a Europa. Tamanho era o temor de que o Império pudesse ser restaurado que o banimento da família real durou décadas: apenas em 1921 os herdeiros diretos do imperador deposto foram finalmente autorizados a pisar em solo brasileiro.
No dia fatídico, Deodoro da Fonseca saiu de casa praticamente carregado por seus companheiros - o Marechal estava doente, com problemas respiratórios. Cavalgou quase a contragosto, ameaçado pela ideia de que o governo imperial, ao saber dos boatos sobre a proclamação, pretendesse reorganizar a Guarda Nacional e fortalecer a polícia do Rio de Janeiro para se contrapor ao Exército. Foi o republicano José do Patrocínio que, horas mais tarde, dirigiu-se à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, presidindo o ato solene de proclamação da República. Deodoro, a essa altura, estaria em casa, possivelmente assinando a carta que chegaria a seu amigo pessoal, o imperador Pedro II, informando, com grande pesar, o banimento da família real.
(Texto adaptado da Revista Nova Escola- Disponivel no site: http://www.revistaescola.abril.com.br/)



José do Patrocínio (Uma das figuras mais importantes do movimento abolicionista do Brasil e participou da Proclamação da República)

Comentários

  1. prof/ porque após o banimento da família real do Brasil, os herdeiros diretos do imperador voltaram a pidar em nossas terras?
    eles não morreram como na revolução francesa?
    (leandro 7ªd)

    ResponderExcluir
  2. a princesa Isabel não morava na Inglaterra?
    como assim?
    (leandro 7ªd)

    ResponderExcluir
  3. quando o imperador voltou para Portugal
    ele reinou por lá?
    ou virou um cidadão comum?
    (Leandro 7ªd)

    ResponderExcluir
  4. Leandro, a Princesa Isabel morava no Brasil, foi ela que assinou a Lei Áurea em 1888, lembra?
    Abr@ços! Prof. Eliene

    ResponderExcluir
  5. Leandro, diferente da França, no Brasil não houve revolução nem na Independência e nem na Proclamação da República, o povo assistiu a todos os acontecimentos "bestializado", ou seja, o povo estava à margem do processo político no Brasil. A Proclamação da República foi um golpe militar que baniu a família real do Brasil. D. Pedro foi para Portugal e depois para a França, onde viveu até a sua morte. A figura do Imperador permaneceu viva no imaginário social brasileiro e, embora não reinasse de fato, durante muito tempo foi lembrado no Brasil como o nosso REI.
    Abr@ços, Eliene

    ResponderExcluir
  6. *Eliene, copiei esta tua postagem e a colei

    no meu blog ! *Obrigada !!! :)

    ResponderExcluir
  7. te cú vadia

    ResponderExcluir

Postar um comentário